Rádio Fonte da Vida

Isaías

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

"Deus é louvado por sua justiça e misericórdia."

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Caros ouvintes: Deus nos concede a oportunidade de mais uma vez nos encontramos para estas reflexões no livro do Profeta Isaías.

 

Continuaremos hoje, nos voltando para os capítulos 25 a 27 do livro, que formam uma unidade na sua mensagem, pois tratam todos da Vitória do Reino de Deus.

 

Como vimos nos nossos últimos encontros, a seção anterior do livro, desde o capítulo 13 até o 23, apresentava a palavra profética contra as nações estrangeiras.

 

O Capítulo 24 é como que um resumo desta atuação de Deus contra os povos, e agora a partir do capítulo 25 o profeta antecipa aspectos relacionados à restauração de toda a terra, quando ela se colocar sob o domínio do Senhor.

 

Estes três capítulos são uma antevisão do fim dos tempos, quando o reino do Messias se implantará por completo.

 

É uma trecho de Isaías de alta relevância para nós, não apenas pela sua validade profética atual, mas e principalmente pela sua mensagem de exortação à confiança irrestrita em Deus e pelo seu conteúdo de gratidão pela vitória futura, ainda que no presente as dificuldades é que estão prevalecendo.

 

O início do trecho em consideração, (v.25.1) já é um resumo de toda esta intenção do profeta, que será detalhada ao longo dos 3 capítulos seguintes: “Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome; porque fizestes maravilhas, os teus conselhos antigos, em fidelidade e em verdade.”

 

O cântico de exaltação continua, lembrando que Deus reduziria à ruína a cidade forte, referindo-se aos poderes mundanos vencidos por Deus, e os povos poderosos então estariam glorificando a Deus e as cidades antes orgulhosas e autoconfiantes agora tremeriam todas diante do Senhor.

 

Mas não é esta humilhação do poderoso que motiva o cântico de júbilo. A razão maior da exultação está no verso 4: “Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor,…” A conseqüência maravilhosa da chegada do Reino do Messias também é apresentada, em primeiro pela universalização da benção divina, com todos os povos trazidos à presença do Senhor em um banquete farto e requintado, mostrando que a benção divina ao final atingirá a todos.

 

Quando associamos este capítulo 25 à ação missionária que têm levado a mensagem de salvação à todos os povos, podemos ter uma antevisão do que Isaías queria mostrar.

 

Em segundo lugar, podemos ver o Reino do Messias, implantando a verdade e o conhecimento, dizendo que a coberta que cobre os povos e o véu que está posto sobre as nações será destruído (v.7).

É a mesma mensagem de Ap.1.7 “ ..e todo olho o verá..”. E em terceiro lugar, Isaías lembra que o Reinado do Messias significará a realização da grande expectativa nossa de aniquilação da morte; enxugamento das lágrimas; e libertação de todo opróbrio (v.8). e por tudo isto, “Naquela dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado para que nos salve. Este é o senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.”(v.9).

 

O cap.26 continua no cântico de Júbilo, agora enfatizando a restauração de Judá, com o convite para que as portas da cidade sejam abertas para receber os justos e os que praticam a verdade.

 

É relevante notar que também neste capítulo, encontramos mais um pouco do conteúdo apocalíptico do profeta Isaías. O versículo 19 é um testemunho vibrante da Ressurreição dos mortos.

 

O próprio profeta, ainda que não tendo o conhecimento que hoje nós temos de Jesus Cristo, pode cantar a vitória sobre a morte. E o convite deste capítulo é de grande significado para nós, e o encontramos nos versos 3 e 4: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti. Confiai sempre no Senhor, porque ele é uma rocha eterna.”

 

E assim chegamos ao terceiro e último dos capítulos desta seção, onde o tema da vitória divina sobre os poderes mundiais e a restauração de Israel é mais uma vez retomado.

O capítulo 27, versículo 1 apresenta os poderes mundiais como animais temidos que serão castigados.

A partir do segundo verso, o foco da mensagem é Israel e a sua restauração.

A restauração é apresentada como uma vinha deliciosa, cujos frutos encherão o mundo (v.6).

Só conseguiremos entender o que o profeta quer transmitir através desta imagem, se voltarmos ao capítulo 5 para relembrarmos a parábola da vinha que Isaías lá apresentou, comparando Israel a uma videira, que Deus plantou em um monte muito fértil, depois cuidou incan-sávelmente com carinho e dedicação, não se poupando de protegê-la.

Mas, ó que frustração, na época da colheita, a vinha só produziu uvas bravas, que para nada serviam.

Em conseqüência, o dono da vinha estava se decidindo a abandonar a plantação, não mais dedicando qualquer cuidado e deixando que o mato entrasse e sufocasse a vinha.

Agora aqui no capítulo 27, o segundo ato da parábola da vinha pode ser cantado: Os seus frutos serão deliciosos e abundantes para todos, e o Senhor continuará a regar e a vinha e a guardar para que ninguém faça dano contra ela.

Mais uma vez a mensagem do profeta para o seu tempo era bem claro: Israel precisava e seria castigado. A iniqüidade de Jacó devia ser expiada (v.9) e o pecado removido. mas a ira de Deus não estava vindo para a destruição, como anunciada para alguns dos povos estrangeiros.

O castigo de Deus estava vindo para Judá como depuração pois a restauração chegaria depois. E esta restauração é verbalizada nos 2 versículos finais, quando diz o profeta “..O Senhor debulhará o seu trigo, … e vós, ó filhos de Israel sereis colhidos um a um…. e os que foram desterrados…. tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém.” (27.12-13).

Esta restauração e volta de Israel para a sua terra já ocorreu em pelo menos duas oportunidades: Na volta do cativeiro da Babilônia, com Esdras e Neemias e depois do fim da Segunda Guerra Mundial, quando em 1948 Israel ganhou mais uma vez independência política e judeus de todo o mundo se puseram a voltar para a Palestina.

Mas devemos entender que estes retornos são apenas pálidas antecipações e o cumprimento total desta visão ainda está à nossa frente.

Diferentes correntes de interpretação bíblica poderão apresentar diferentes explicações para estas palavras de Isaías, mas o que é relevante para nós quando nos detemos nestes capítulos esplêndidos da palavra profética é a reafirmação da nossa confiança e da nossa esperança em Deus.

Terminemos com mais um apelo divino para esta confiança, que encontramos no v.5 do cap.27: “busquem o meu refúgio e façam paz comigo; sim façam paz comigo”.

 

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