Rádio Fonte da Vida

Isaías

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

"Proteção e benção de Deus ao seu povo." Isaías 44

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Em continuação às reflexões nos escritos de Isaías, estamos hoje entrando na segunda parte do livro do profeta, onde as mensagens apresentadas passam a ter um conteúdo predominante de consolo e esperança.

 

Esta parte do livro se inicia no capítulo 40 e estaremos hoje nos concen-rando nos primeiros capítulos dessa parte.

 

O tema principal desses capítulos é A grandeza de Deus.

 

A mensagem enfatiza a majestade divina, querendo com isto lembrar a todos que não existe razão para se abandonar a Deus e trocá-Lo por qualquer outro.

 

O profeta é convocado a anunciar a todas as cidades de Judá: “Eis aqui está o vosso Deus. Eis que o Senhor virá com poder, e o seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele, e a sua recompensa diante dele.”(40.9-10).

 

Esta missão recebida de anunciar Deus, também nos remete para João Batista, como precursor de Jesus Cristo. O evangelista Mateus apresentou João utilizando-se destas palavras de Isaías no verso 3 deste capítulo: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” (Mt.3.3).

 

A partir do verso 12, a mensagem utiliza seguidos argumentos lógicos , para de-monstrar que não conseguimos comparar Deus a nada, visto ser Ele inigualável nos Seus atributos e nas Suas capacidades.

 

O capítulo termina ressaltando a benção para os que optam pela fidelidade a este Deus todo poderoso: “…Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão, e não se fatigarão. (40.31).

 

A lembrança da grandeza de Deus continua no capítulo seguinte, o 41, onde a ênfase do poder divino é ressaltada em relação àqueles que não temem ao Senhor.

 

os povos veriam a ação de Deus e através da atuação divina chegariam a se convencer do Seu poderio.

 

As vãs imagens de fundição desses povos nunca poderiam sequer dar conselhos ou anunciar as coisas que haveriam de acontecer pois faltava-lhes o poder do Deus verdadeiro.

 

Mas Israel não deveria temer porque a sua condição de povo escolhido faria com que prevalecessem contra todos os que viriam a se levantar contra, e por mais que Israel se sentisse inferiorizado, tal como um bichinho ou como um povozinho, o Senhor os promete ajudar e atuar como o redentor de Israel.

 

No capítulo 42, Isaías mais uma vez nos anuncia o Messias, agora como o servo do Senhor: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; e ele trará justiça às nações.” (42.1)

 

É o poder e a majestade de Deus agora se revelando através das providên-cias divinas em favor de todos os povos.

 

Após todas estas considerações sobre o seu poderio, Deus apresenta a sua queixa contra Israel por causa da insistência do povo em não se sujeitar a Deus, lembran-do que por causa disto Israel haveria de sofrer a violência da guerra quando Deus derramasse a sua ira contra o povo.

 

O que nos salta à vista nestes capítulos de Isaías é a preocupação divina em apresentar uma mensagem de consolo e de esperança.

 

Os capítulos 42 e 43 são um constante convite para que o povo de Israel tenha em mente que o Senhor Deus não os abandonou nem os abandonará , mas ao contrário continuadamente estará cuidando do povo que Ele mesmo escolheu.

 

Vejamos algumas destas mensagens: (43.2 e 3): “Não temas porque eu te remi, chamei-te pelo teu nome, tu és meu.

 

Quando passares pelas águas eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (44. 1 e 3): “Agora pois ouve, ó Jacó servo meu, ó Israel a quem escolhi,… derramarei água sobre os sedentos, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu espírito sobre a tua posteridade, e a minha benção sobre a tua descendência.”

 

E ainda (44.21-22) “Lembra-te destas coisas, ó Jacó, sim tu ó Israel…não me esquecerei de ti.

 

Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim porque eu te remi.”

 

E a mensagem continua com a mesma ênfase. O profeta anuncia de modo inequí-voco como o Senhor Deus haveria de agir em futuro bem próximo a favor da restauração de Israel, que Deus tanto amava.

 

Começando no v.28 do capítulo 44 e prosseguindo pelo capítulo seguinte, o profeta introduz Ciro.

Convém avaliarmos o que significa esta profecia de Isaías. Temos visto que nos dias do profeta o perigo maior para Jerusalém estava representado pelos assírios, mas o profeta pregava que Judá não devia se preocupar com estes poderosos.

Deus livraria Judá dos assírios. Temos visto também que o profeta anunciava que um outro povo, que por aquele tempo era ainda inexpressivo, e com quem Judá tinha pouco contato, pois eram de longe, viriam, dominariam, e levariam as riquezas e mesmo os judeus – eram os babilônios.

E agora aqui no capítulo 45 Isaías anuncia pelo nome alguém que seria levantado para promover a restauração de Israel após cumprido o castigo divino aplicado pelos babilônios.

A menção de Ciro pelo nome, com cerca de 150 anos de antecedência aos fatos que realmente aconteceriam como aqui descrito– Confiram nos primeiros versos de Esdras 1 – é algo tão extraordinário que tem feito muitos críticos da Bíblia duvidarem que tenha sido Isaías que escreveu esta profecia.

Alguns defendem que houve uma inserção posterior no texto original de Isaías. Mas, se Isaías foi habilitado por Deus para apresentar uma imagem tão clara do Messias que viria 700 anos depois, também foi habilitado por Deus para apresentar fatos que se torna-riam reais 150 anos depois da sua época..

Ciro é apresentado como o ungido do Senhor; como pastor; e como alguém que viria a cumprir fielmente as ordens divinas. Mas a apresentação de Ciro é apenas uma introdução da operação mais significativa que Deus viria a fazer através do Messias, quando Israel viria a ter não somente a salvação temporária de Ciro mas a salvação eterna dada pelo próprio Senhor Deus, como declarado no v.17.

E depois de anunciar a destruição da Babilônia, nos capítulos 46/47, chegamos ao capítulo 48, onde Deus explica porque todas estas coisas estavam sendo anunciadas e com tanta antecedência: “Desde a antigüidade anunciei as coisas que haviam de ser; da minha boca é que saíram, e eu as fiz ouvir; de repente as pus por obra, e elas aconteceram…

Há muito tas anunciei e as manifestei antes que acontecessem, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, ou a minha imagem de escultura, ou a minha imagem de fundição as ordenou.” (48.3 e 5) Este é o grande propósito da antecipação profética: Não sermos surpreendidos e não cairmos na tentação de dar crédito a outros de coisas que Deus está fazendo.

E este é um forte motivo para nos dedicarmos a cada vez conhecermos melhor a Palavra de Deus e todas as suas promessas para nós.

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