Rádio Fonte da Vida

Isaías

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

"Natureza e amplitude da salvação." Isaías 63

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Caros irmãos e amigos: Em continuidade à esta revisão das mensagens do profeta Isaías, estamos hoje nos concentrando na parte final do livro, nos capítulos 60 e seguintes.

 

A seção final de Isaías, a partir do capítulo 58 tem uma ênfase nítida na Glória Futura, nos lembrando que a vitória final pertence ao Senhor Deus e àqueles que a Ele permanecerem fiéis.

 

Esta seção fala-nos também muito da atuação do Espírito Santo, atingindo a todos os povos e trazendo todos para debaixo da graça da Deus.

 

Vemos ao longo de toda esta seção a tônica da restauração e da glória. Para um povo que estava à beira de ser deportado e ver a sua capital, - que era o orgulho nacional, - ser destruída, estas mensagens de Isaías devem ter sido de grande conforto.

 

Para nós, em contexto bem diferente daquele original, estas mensagens tem um grande significado também de conforto, e também de esperança e certeza naquele em quem temos crido e em quem temos depositado o nosso tesouro.

 

Os capítulos 60 e 62 enfatizam a restauração e a glória de Jerusalém. O profeta antecipa a destruição da cidade, que viria com os babilônios: “...os nosso adversários pisaram o teu santuário.” (63.18) e “As tuas santas cidades se tornaram em deserto, Sião está feita um ermo, Jerusalém uma desolação.” (63.11)

 

No entanto tal destruição não seria para sempre pois Jerusalém é convocada: “Levanta-te, e resplandece, porque é chegada a tua luz, e é nascida sobre ti a gloria do Senhor.” (60.1).

 

E a mensagem que inicia falando sobre a gloria da cidade, termina nos remetendo para a Jerusalém celestial, que não precisará mais da luz do sol ou da lua, pois o Senhor será a luz perpétua da cidade e Deus mesmo será a glória da cidade (60.20)

 

No capítulo 61, o profeta apresenta a glória da proclamação da salvação, nos falando do Evangelho anunciado e da alegria que tal proclamação produz.

 

O resultado da salvação nos é lembrado no v. 7: “Em lugar da vossa vergonha, haveis de ter dupla honra; e em lugar de opróbrio exultareis na vossa porção; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria.”

 

No capítulo 63, primeiros 6 versos, Isaías nos fala da glória e da vitória do Servo Sofredor.

 

Se tão bem Isaías antecipou o sofrimento de Jesus Cristo naquela descrição magistral do “homem de dores” “ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades” - como vemos no capitulo 53, agora, aqui no capitulo 63, e também de modo comovente, Isaías nos apresenta a vitória daquele que sofreu por todos nós. “Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestiduras tintas de escarlate?” Inicia o profeta, que assim vai construindo uma imagem de rara beleza para nos lembrar da obra de Jesus Cristo na cruz.

 

A referência a Edom é clara. Era a terra dos inimigos, simbolizando todos os que se opõem a Deus, e aquele que é visto voltando de Edom, com o seu marchar vitorioso está a demonstrar que para sempre o inimigo foi derrotado.

 

Este texto de Isaías nos lembra de aspectos muito importantes a respeito de Jesus Cristo e do seu ministério em nosso favor.

 

Vemos a solitude: “Eu sozinho pisei no lagar e dos povos ninguém houve comigo..” (63.3) “Olhei, mas não havia quem me ajudasse; e admirei-me de não haver quem me sustentasse:...”(63.5) – Cristo teve que sozinho suportar as dores para que nós pudéssemos desfrutar da alegria da salvação.

 

Mas, vemos também a completitude da obra de Cristo: “...eu os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor, e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura.” (63.3) – Ninguém pôde e ninguém pode fazer nada em prol da sua salvação, pois tudo foi feito completo por Jesus Cristo.

 

Que a nossa gratidão à Deus, pela salvação que ele nos proporcionou seja permanente; e que o nosso louvor continuamente seja elevado ao Senhor porque Jesus Cristo veio e sozinho e completamente fez a sua obra, como aqui Isaías nos anuncia.

 

A ação de graças que o profeta apresenta no verso 7 deve ser a nossa: “Celebrarei as benignidades do Senhor, e os louvores do Senhor, consoante tudo a que o Senhor nos tem concedido, e a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que ele lhes tem concedido segundo as suas misericórdias, e segundo a multidão das suas benignidades.”

 

E assim chegamos aos capítulos finais do livro, de numero 65 e 66. Para uma revisão da mensagem destes capítulos apresentamos o comentário de Myer Pearlman em seu “Através da Bíblia, livro por livro”:

“Isaías encerra a sua profecia com uma gloriosa profecia do reino milenial vindouro.

A humanidade gozará de longevidade como no tempo dos patriarcas; desfrutará da possessão de casas e vinhas (65.17-24). Até a natureza das feras será mudada (65.26).

A religião chegará a ser espiritual e universal, e os cultos místicos e idólatras desaparecerão e seus aderentes serão castigados (66.1-5). A população de Sião aumentará maravilhosamente, e o povo regozijar-se-á (66.6-14).

Após o julgamento daquelas nações que se uniam contra Jerusalém, Jeová enviará os Seus servos para pregar-lhes boas novas (66.15-19).

Aqueles que uma vez perseguiram Israel transportá-los-ão à Palestina (66.20), e entre aqueles que uma vez eram inimigos da verdadeira religião, Jeová escolherá ministros para que sirvam perante ele (66.21), como representantes de um culto que será universal (66.22-24).”

Queridos ouvintes: Assim vamos chegando ao final deste livro de grande significado.

Por mais que ouçamos sobre Isaías; por mais que leiamos comentários e estudos sobre este livro, nada deve substituir a nossa leitura direta do texto bíblico. Q

uanto mais lermos Isaías mais estaremos permitindo que a mensagem do profeta, através da ação do Espírito Santo, nos atinja com o mesmo impacto que atingiu os primeiros que a ouviram.

Continuemos com Isaías e com a sua bela mensagem.

Apesar de já termos revisto todo o livro, a nossa série de estudos ainda não se encerrou.

No próximo encontro teremos a oportunidade de fazermos uma revisão sumarizada do livro, e que Deus esteja conosco e nos acompanhe.

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