Rádio Fonte da Vida

"Cristo se prepara para a sua missão”

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

Mateus caps. 3 e 4

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Caros ouvintes, pela graça de Deus podemos novamente nos encontrar para a

continuação desta série de reflexões bíblicas no Evangelho segundo Mateus,

hoje nos concentrando nos relatos apresentados nos capítulos 3 e 4.

 

Veremos o início do chamado ministério público do Nosso Senhor Jesus Cristo, quando com a idade aproximada de 30 anos Ele iniciou a proclamar os seus ensinos e a realizar milagres.

 

O Ministério de Jesus não pode ser completamente compreendido sem consideramos João Batista, o precursor.

 

Já no relato do nascimento de Jesus que Lucas nos apresenta, está também o relato do nascimento de João Batista, e agora ao início da atuação de Cristo, os evangelhos voltam a nos falar de João Batista e da sua pregação peculiar, que conseguia ter um ampla repercussão e aceitação popular.

 

Os primeiros 12 versículos do cap.3 nos apresentam a pregação de João Batista no deserto da Judéia, e deste relato nós aprendemos que (1) João Batista era uma pessoa incomum na sua maneira de se apresentar e ser, se alimentando de gafanhotos e mel silvestre e se vestindo de pele de camelo e cinto de couro, tal como Elias.

 

(2) João tinha uma mensagem clara e categórica: Arrependimento necessário pela chegada do Reino de Deus.  

 

(3) João tinha a consciência de seu trabalho de precursor do Messias, “no espírito e poder de Elias” (Lc.1.17), como anunciado a Zacarias, seu pai.

 

(4) João não tinha medo de denunciar o erro e as falsidades, como fazia neste

relato com os fariseus e saduceus, e que no futuro lhe custaria a própria vida.

 

E (5) João utilizava-se do batismo na água, como símbolo e prova de mudança de vida daqueles que se dispunham a segui-lo.

 

Nos relatos bíblicos esta é a primeira referência a tal prática. E então vemos o encontro de João Batista com Jesus. Jesus vai procurá-lo e pedir o seu batismo.

 

Apesar de os registros bíblicos não enunciarem, podemos entender que os dois se conheciam, visto as relações de proximidade entre as mães, como Lucas nos demonstra.

 

João sabia quem era Jesus e se recusa a batizá-lo, não se achando digno de fazê-lo, mas Jesus o convence, para que se pudesse cumprir toda a justiça.

 

A confirmação divina após o batismo vem a marcar o início do ministério de Cristo.

 

A seguir, já no capítulo 4 o evangelista nos relata a tentação de Jesus no deserto.

 

Devemos considerar este texto com toda a atenção que ele merece.

 

É muito difícil para nós entendermos como Jesus pode ser Deus e Homem conjuntamente.

 

Sendo Jesus Deus, como poderia ele se sujeitar às leis humanas, nascendo como nasce qualquer ser humano, tendo as necessidades e limitações que todos nós temos, e mais relevantemente, sendo tentando pelo Diabo, como aqui relatado?

 

No entanto, sendo o Deus encarnado, Jesus era nascido de mulher e como tal foi tentado pelo diabo.

 

O objetivo da tentação diabólica era desviar Jesus do seu ministério, e para isto o diabo atentou primeiramente para as necessidades físicas imediatas de Jesus: a fome após quarenta dias de jejum.

 

Depois tentou a Jesus com a promessa de sinais e maravilhas e por fim tentou a Jesus com o poder.

 

É apropriado pararmos e entendermos que as tentações que nos sobrevêm são de mesma natureza.

 

Somos tentados onde somos fracos, onde estamos debilitados.

 

Somos tentados com a solução fácil. Somos tentados com a sedução de poder e glória.

 

Se entendemos que somos tentados como Jesus o foi, também devemos

entender que a vitória sobre a tentação virá pela mesma maneira que Jesus venceu Satanás, com a firmeza de propósito e com um profundo conhecimento da palavra de Deus, utilizada de modo correto, contrapondo-a à sua utilização de modo distorcido pelo inimigo das nossas almas.

 

Para iniciar o seu ministério Jesus se submete ao batismo de João, é confirmado pelo anúncio celeste de “Este é o meu filho amado”, e tem também que vencer a tentação.

 

Tríplice validação para o trabalho que se inicia. Notemos no verso 13 uma mudança significativa que também marca este início do ministério de Jesus.

 

Jesus se muda de Nazaré para Cafarnaum. Cafarnaum, nas margens do mar da Galiléia era uma cidade mais importante do que Nazaré, inclusive sediando funções relevantes do governo romano, como Coletoria de impostos e destacamento militar.

 

Cafarnaum será a base do ministério do Mestre por certo tempo. Esta cidade e suas vizinhanças verão muitos dos milagres sendo realizados e muitos dos ensinos sendo transmitidos.

 

Mais uma vez Mateus vai buscar nos anúncios proféticos do Velho Testamento,

no caso Isaías, a justificativa para tal mudança.

 

Nas cercanias de Cafarnaum, ao longo do mar da Galiléia, Jesus vai encontrar os seus primeiros discípulos.

 

São eles duas duplas de irmãos: Simão Pedro e André e Tiago e João.

 

Todos os quatro eram pescadores e ao chamado de Jesus deixaram os seus

afazeres para seguirem-no. Atentando para estas convocações somos levados a pensar no que estes primeiros discípulos viriam a se tornar.

 

 2 deles ganhariam um destaque forte no grupo apostólico: Pedro com o seu

ímpeto, sempre pronto, voluntarioso, o líder natural.

 

João, ainda que apelidado de Boanerges, o filho do trovão, ficará conhecido como o discipulado amado.

 

Cada qual a seu modo também terão um papel muito relevante na consolidação do cristianismo, após o encerramento do ministério terreno de Jesus.

 

Tiago e André, embora não em tanto destaque, também estarão desenvolvendo a sua vocação. Jesus sabia a quem chamava.

 

Hoje o mestre continua a chamar seguidores para si. As suas palavras

através do relato de Mateus continuam a ecoar: “Vinde após mim..” e devemos

não nos esquecer que para nos tornarmos verdadeiramente discípulos de Jesus devemos Obedecer ao seu chamado; Arrepender-se dos nossos caminhos errados; Submeter-se à sua vontade; Confiar inteiramente nEle; e Perseverar no seguir a Jesus, tal como Pedro, André, Tiago e João, mesmo sem poderem avaliar o quanto lhes viria a custar no futuro o

atender ao chamado de Jesus.

 

O texto de hoje encerra nos relatando a grande repercussão do início do ministério de Jesus Cristo.

 

A sua fama se espalha em todas as direções.

 

Toda a sorte de necessitados o buscam, e diligentemente o Mestre percorre toda a Galiléia ensinando, pregando e curando.

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