Rádio Fonte da Vida

"Cristo e os alertas do fim dos tempos”

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

Mateus caps. 23 e 24

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Queridos ouvintes: Com súplicas pela graça de Deus para cada um de nós, aqui nos encontramos para continuar as nossas reflexões no Evangelho segundo Mateus, hoje nos capítulos 23 e 24.

O capítulo 23 encerra a demonstração do evangelista sobre a ruptura entre Jesus e a religião formal dos seus dias, com a censura contundente do Mestre contra os escribas e fariseus.

O Capitulo 24, e depois o capítulo 25 que integra a nossa próxima reflexão, compõem o último dos cinco discursos de Jesus apresentados por Mateus

e conhecido como o Sermão do Monte das Oliveiras, ou Profético.

 

A censura de Jesus às autoridades religiosas está organizada em 7 ais – 7

condenações que Jesus proferiu contra as autoridades.

 

Vemos tais ais a partir do v. 13, quase todos se utilizando da expressão

“Ai de vós escribas e fariseus hipócritas” Convém notar que em algumas das

traduções que adotamos, pode se contar um oitavo ai, no verso 14, que é considerado como uma adição ao texto pela maioria dos comentaristas bíblicos.

 

Nada temos a ver com estas repreensões de Jesus, se as olharmos no restrito sentido da palavra do Mestre.

 

No entanto, se ampliamos a visão, e entendemos que Jesus fazia a sua crítica contra uma estrutura religiosa personificada nos seus expoentes, os escribas e fariseus, e que esta estrutura vinha de há muito deturpando o verdadeiro sentido do que significa Religião e de como deveria ser cultivado o relacionamento das pessoas com Deus, então devemos olhar para estes aís e

vermos neles uma advertência para nós e a nossa estrutura de religião, de maneira a não nos tornarmos escribas e fariseus dos tempos modernos, ainda que usando outros nomes.

 

O comentário do pr. James Montgomery Boice, já utilizado anteriormente nesta série, atualiza os 7 ais como estas advertências: Primeiro ai (v.13) – Tornar difícil para os outros o acesso à Deus, esquecendo que o privilégio da salvação propiciada é abrangente e de graça.

 

Segundo ai – (v.15) Corromper os convertidos

 

Terceiro ai (v.16-22) Trivializar a religião – Esta crítica é contundente contra a prioridade dada aos aspectos monetários na religião.

 

Quarto ai – (v.23-24) Negligenciar o que de fato é importante – A preocupação em não inverter as prioridades, tornando relevante o que é apenas secundário para Deus.

 

Quinto ai – (v.25-26) – Ser muito auto indulgente não atentando para os

próprios erros e fazendo-se cego para as próprias imundícies.

 

Sexto ai (v.27-28) - Contra a corrupção interior.

 

As aparências visíveis são mantidas imaculadamente limpas, mas o interior, o que não se vê, está corrompido.

 

Sétimo ai (v.29-36) - Fazer calar a voz de Deus enviada para corrigir os erros, em referência aos profetas cujo sangue foi derramado no cumprimento da missão recebida.

 

À lista destes mártires, logo o próprio Jesus Cristo seria acrescido, como ele mesmo lembra no verso 34.

 

Esta censura termina com o lamento de Jesus sobre a cidade (v.37) “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das suas asas, e não o quiseste”.

 

O capitulo 24 nos apresenta a primeira parte do discurso de Jesus Cristo a

respeito das últimas coisas, o último dos 5 discursos que formam a espinha dorsal deste evangelho.

 

A pretexto de uma observação dos discípulos sobre os edifícios do templo de Jerusalém, o Mestre inicia o seu ensino, anunciando que aquelas construções não ficarão pedra sobre pedra.

 

Como com outras palavras proféticas que anunciam eventos a acontecer, não existe uma unanimidade sobre que evento futuro Jesus estava se referindo, especialmente nos versos 15 a 22, que tratam da destruição de Jerusalém.

 

As predições destes versos se cumpriram em muito, se não na totalidade, alguns anos depois da morte de Jesus, quando os romanos destruíram toda a Jerusalém no ano 70. “..a abominação da desolação, predita pelo

profeta Daniel” refere-se ao templo em posse de gentios e sendo profanado em

afronta a Jeová.

 

Isso já tinha ocorrido antes da época de Jesus, e certamente também ocorreu na destruição romana.

 

No entanto, na essência da mensagem do Sermão Profético, o Senhor Jesus está ensinando sobre a sua segunda vinda, e com este enfoque devemos estudar e entender estes ensinos.

 

Primeiro, atentemos para as pré-condições da sua volta.

 

Falsos Cristos que enganarão a muitos; guerras, ameaças de guerras,

fomes e terremotos; perseguições aos cristãos; escândalos e ódio dentro do corpo de Cristo; muitos abandonando a sua fé; e o Evangelho sendo anunciado no mundo inteiro são as precondições que Jesus apresenta, como vemos nos versos 4 a 14.

 

As primeiras condições, como as guerras são, de acordo com que Jesus nos ensina, apenas prenúncios antecipativos do que viria a seguir, pois o surgimento de tais sinais ainda não seria o fim.

 

A última precondição, da pregação universal do evangelho é anunciada como a marca efetiva da chegada do fim.

 

Em segundo lugar, reiteradamente Jesus nos alerta para permanecermos firmes nos seus ensinos, de modo a não sermos enganados pelas imitações de Cristo, que com prodígio e sinais conseguirão desviar a muitos (v.24)

 

Também é importante não desconsiderar a mensagem de esperança que Jesus nos apresenta.

 

Ele voltará. Sua volta será visível a todo olho humano e sua volta significará o cumprimento total da história.

 

A esperança da volta de Cristo deve ser a nossa razão de vida.

 

Deve ser o motivo para podermos enfrentar o que quer que o futuro nos reserve.

 

Deve ser o motivo para não nos amedrontarmos nem nos desolarmos quando mais e mais guerras e rumores de guerra surgirem, pois estes fatos são apenas anunciadores de que a nossa esperança vem se aproximando.

 

E por fim, é fundamental não esquecer da advertência quanto à constante vigilância, presente em todo este Sermão.

 

A continuidade da rotina da vida não denunciará qualquer indicação da volta do

Senhor: Como nos dias de Noé, ensina Jesus, o cotidiano continuará a se

desenrolar, com todas as atividades correndo rotineiramente, mas ao fiel, que

aguarda a volta de Cristo e espera é exigida: “ Vigiai pois, porque não sabeis

em que dia vem o vosso Senhor” (v.42).

 

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem (v.27).

 

Que a certeza da volta de Cristo mantenha-nos alertas para a vigilância

requerida.

 

 

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