Rádio Fonte da Vida

"Cristo e a consumação do Reino”

27 NOV 2015
27 de Novembro de 2015

Mateus caps. 25 e 26

Preparado e Ministrado por Gerson Berzins

Queridos irmãos e amigos ouvintes, desejamos que a benção da presença de

Deus continue com todos nós e também que esteja conosco nestas reflexões no texto bíblico do Evangelho segundo Mateus.

Já vamos caminhando para o final desta série de 13 estudos, quando neste

penúltimo encontro nos detemos nos capítulos 25 e 26 desse relato da vida do

Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

O capítulo 25 contém a continuação do Sermão Profético, ou Sermão do Monte das Oliveiras, cuja primeira parte já foi considerada no encontro anterior.

 

Este capítulo é composto das três últimas parábolas de Jesus que Mateus registra.

 

A parábola das 10 virgens, nos primeiros 13 versos é mais uma contundente

admoestação sobre a necessidade de não descuidarmos na espera da volta de Cristo.

“Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (v.13). A segunda parábola, a dos talentos, nos alerta para a necessidade de trabalhar pelo Reino dos Céus utilizando totalmente os dons que do Senhor recebemos para o benefício do Reino dos Céus.

 

A hora da prestação de contas virá, quando de nós será requerido apresentar o

que granjeamos com aquilo que nos foi confiado.

 

E a terceira parábola, conhecida como das ovelhas e cabritos, ainda que não

seja este o título comumente utilizado para o trecho dos versos 31 a 46.

 

Aqui Jesus ensina sobre o Juízo Final que ocorrerá na volta de Cristo a terra, e sobre a recompensa eterna reservada a cada um, de acordo com a sua vida aqui na terra.

 

O início do capítulo 26 nos apresenta o encerramento deste discurso, quando Jesus mais uma vez, e agora em detalhes antecipa os acontecimentos dos próximos dias.

 

Com este discurso está encerrada a fase instrutiva do ministério de Cristo.

 

A assimilação destes ensinos pelos discípulos somente será completada após

os acontecimentos que ainda estão por vir, mas tudo o que precisavam saber, já está transmitida.

 

Terão agora apenas que relembrar os ensinos do Mestre e vivenciá-los por si mesmos, pois logo não mais terão Jesus com eles.

 

E assim começa o drama da Paixão de Jesus Cristo.

 

Atentemos para estes 5 primeiros versos do cap.26. Jesus anuncia

a sua morte para a Páscoa, a ocorrer em dois dias.

 

Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29) deve ser

sacrificado na Páscoa, e desta maneira inaugurar a nova aliança, marcada pelo

sacrifício perfeito, completo e suficiente de Cristo.

 

Não é isto que está na intenção das autoridades religiosas: Elas temem

matar Jesus durante a festa, pela comoção que a prisão de Jesus poderia provocar na grande multidão presente em Jerusalém.

 

Os sacerdotes e os anciãos prefeririam evitar o risco de tumulto e deixar a festa

passar, mas os fatos se precipitarão e de novo, a intenção humana não prevaleceria diante do plano divino.

 

Estamos na noite de terça feira. Jesus se retira de Jerusalém para a proximidade de Betânia, onde moram seus amigos, e na casa de Simão ele é ungido.

 

 

 

Na mesma noite, Judas definitivamente se decide contra Jesus, acertando com as autoridades do templo o preço da traição.

 

Já na quinta feira, encontramos Jesus se ocupando dos preparativos para a

comemoração da Páscoa, com os discípulos.

 

Assim como na chegada a Jerusalém, tudo estava providenciado para

a comemoração - Jesus continuava no comando dos preparativos e ao final do

dia, todo os discípulos se põem à mesa junto com Jesus.

 

A revelação da traição, com a indicação de Judas como o traidor e a instituição do memorial da Ceia do Senhor marcam este derradeiro encontro de

todo o grupo.

 

Após a conclusão da ceia, com um cântico, o grupo, sai em direção ao

Monte das Oliveiras.

 

Jesus utiliza uma última oportunidade para preparar Pedro, com certeza agora visando o seu soerguimento depois da negação que viria.

 

A chegada ao Jardim do Getsêmani marca a grande agonia do Mestre, frente a

iminência do seu sacrifício na cruz: “... A minha alma está triste até a morte...” (v.38).

 

Depois na oração ao pai: “... se é possível, passa de mim este cálice...” (v.39).

 

A solitude do sacrifício de Cristo começa aqui no Getsêmani. Nem os seus discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João o

acompanham na intercessão a Deus naquele

momento de agonia.

 

Por três vezes Jesus os encontra dormindo, embora lhes tivesse

pedido que vigiassem, pois as circunstâncias assim exigiam.

 

Em seguida, Jesus encerra a sua vigília de oração, e prepara-se para ir ao encontro daqueles que já tinham decidido atentar contra a sua vida.

 

A partir do verso 47 o texto nos relata a prisão de Jesus. Judas sabia que Jesus podia ser encontrado no Jardim do Getsêmani, como confirmado por João (Jo.18.2), e para lá se dirige acompanhado de uma multidão

armada.

 

Pedro tenta reagir usando sua espada contra o servo do sumo sacerdote,

mas é repreendido por Jesus. Logo mais, frente a multidão que acompanha Judas, os discípulos abandonam o Mestre e fogem.

 

Jesus é levado à presença das autoridades religiosas, reunidas na casa do sumo sacerdote Caifás.

 

Agora os inimigos de Jesus o tinham e precisavam criar o argumento para a sua condenação.

 

O rápido processo de inquirição de Jesus é o suficiente para que as autoridades religiosas o condenem à morte por blasfêmia, impondo a Cristo um sofrimento físico por socos, cuspidas no rosto e sarcásticas ironias.

 

No entanto, as autoridades religiosas não tinham o poder de executar a pena de morte a que condenaram Jesus.

 

A decretação da morte era prerrogativa das autoridades romanas, de modo que o processo devia continuar, ainda que premido pelo tempo, pois a manhã da sexta feira se aproximava, e qualquer condenado à cruz deveria ser executado e sepultado antes das 6 hs. Da tarde da sexta feira, quando se iniciavam

as comemorações da Páscoa, pois as autoridades religiosas queriam apresentar-se ritualmente puras para as celebrações.

 

Antes da chegada da manhã, Pedro haveria de cumprir as palavras de Jesus,

negando o Mestre por três vezes, antes que o galo anunciasse a aurora.

 

Devemos aprender com Pedro, neste episodio.

 

Conhecemos na Bíblia dois Pedros, o primeiro, o impetuoso discípulo de Jesus

pronto para desembainhar a espada e defender e morrer pelo mestre.

 

O segundo, o apóstolo recuperado que se esforçou para seguir a ordem do Mestre: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo. 21.15 e sgs).

 

A separar estes dois Pedros encontramos esta grande falha da negação de Cristo.

 

Para não falharmos como Pedro devemos atentar para o que o fez falhar:

Não considerou os alertas de Jesus; Achava-se muito auto confiante e

confidente; e esqueceu de vigiar e orar para vencer a tentação.

 

Que estas lições fiquem conosco.

 

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